terça-feira, 30 de julho de 2013

Voto é responsabilidade!

Em tempos em que se fala em reforma política, a gente se pergunta: e o voto, deixará de ser obrigatório?
Sei que essa não é nem de longe a questão mais importante quando o assunto é a reforma, mas é um questionamento que persiste.
Existem argumentos contrários e a favor da obrigatoriedade do voto, porém, não gostaria de me estender a respeito dos pormenores das argumentações, e sei que já existem inúmeros escritos que tão bem o fazem.
Apenas penso que em um país em que poucos, muito poucos têm consciência, e conhecimento para serem sujeitos e não objeto, para questionar e criticar, o voto obrigatório acaba por se tornar uma arma perigosa nas mãos dos manipuladores das massas. A quem serve o voto obrigatório? Alguns responderão que ele representa uma garantia, estariam analisando-o pela ótica de um direito. Ok, uma garantia, mas uma garantia para quem? Pois se o voto passasse a ser facultativo não se estaria retirando do cidadão o direito de votar, mas o livrando do fardo e da obrigação de comparecer às urnas. Me desculpem o uso da última expressão, mas em um país em que o voto é no mais das vezes utilizado enquanto moeda de troca, oportunidade de levar alguma vantagem, ganhar uma grana e por aí vai... o voto deixa de ser um ato cívico no qual o cidadão demonstra seu patriotismo e aí perde seu sentido, sua razão de ser e ainda coloca o país nas mãos de canalhas.
Fico pensando o que é pior, se é estar disposto a vender o voto (eleitor) ou estar disposto a comprá-lo (candidatos), algo do tipo "quem nasceu primeiro, o ovo ou a galinha." Os dois acabam por se complementar numa simbiose sórdida, covarde e inconsequente!
Justamente por ser um ato tão importante, que exige muita responsabilidade, consciência, reflexão e principalmente amor pela Nação, é que o voto deveria ser facultativo.

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