sexta-feira, 23 de agosto de 2013

"Se não há pão, que comam brioches!"

"Se não há pão, que comam brioches!" Esta frase ficou famosa quando no final do século XVIII a aristocracia francesa tomou conhecimento das rebeliões do povo nas ruas porque já não suportava sustentar o luxo de poucos, enquanto eles, o povo, não tinha o que comer.
Historicamente, a classe política brasileira mantém uma postura arrogante e prepotente para com os seus "súditos", dos governantes para com os governados, dos que fazem as leis para os quais as leis foram criadas e, portanto, obrigados a cumpri-las. A relação se dá sempre assim, de cima para baixo!
A política, ou melhor dizendo, a conduta da grande maioria dos políticos brasileiros é aristocrática, alicerçada principalmente em privilégios e regalias, clientelista, discriminatória e autoritária. Tudo isso reflete o desprezo e desdenho desses "atores sociais" para com o povo e suas reais necessidades, o que, penso eu, foi fator determinante para a eclosão das recentes manifestações e protestos que ocorreram no Brasil. 
O jogo sórdido de interesses, de alianças políticas em proveito próprio e na maioria das vezes escusos, o troca-troca de favores, o nepotismo reinantes na política, há tempos que desvirtuou o verdadeiro sentido do texto constitucional, justiça, igualdade, liberdade, bem comum, bem da coletividade... e tantas outras expressões que parecem funcionar muito bem para enfeitar o papel. 
Que beleza de texto! Uma pena, porque não passa de texto, o que a realidade mostra chega a provocar enjoo, revolta... são regalias sem fim, a lei do faça o que eu mando, mas não preste atenção ao que eu faço, a mágica do fazer sumir o dinheiro público, isso para não dizer outra coisa... o jogo de interesses em todas as esferas, municipal, estadual e federal e uma prepotência e arrogância dessas figuras que beira à insanidade, algo como se depois de alcançada a condição de eleito, "aquele sujeito" estivesse acima e além de qualquer cidadão, inclusive dos que o elegeram!
Vou parando por aqui porque se eu fosse falar tudo que penso a respeito dos políticos brasileiros ou de como se faz política no Brasil, diria uma porção de palavrões, mas isso nunca foi do meu feitio.

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